Recentemente Alessia cedeu uma entrevista para a ASOS Magazine, confira a tradução:

 

Você é do Canadá, que nem o Drake…

Sim! Nós já estabelecemos isso. Eu sou de uma cidade chamada Brampton em Ontário, mas na verdade eu sou italiana. Minha mãe e meu pai se casaram quando minha mãe tinha 18 anos e meu pai 22. Eles eram daqueles jovens italianos que se mudaram para o Canadá para tentar e começar uma vida melhor.

Sua carreira musical começou quando você colocou alguns covers no YouTube. Você ficou surpresa com o tanto de atenção que isso te trouxe?

Cantar para me sustentar sempre foi meu objetivo, mas eu nunca pensei que isso viria do YouTube. Eu não pensei que alguém fosse vê-los [os covers], eu só precisava colocar eu mesma lá e me acostumar com a ideia de ter pessoas ouvindo minha voz. Eu pensei, “Como você vai fazer isso como carreira se ninguém nunca te ouviu cantar?” Eu percebi que seria mais fácil do que pular direto para o palco. Mas ainda foi assustador.

Quando você finalmente chegou ao palco?

Demorou até o final do ensino médio. Nós tínhamos noites de Open Mic*. No primeiro teve só algumas pessoas, mas aquela pequena noite começou a crescer e virou algo real na nossa escola. Quanto mais eu fazia isso, mais confortável eu ficava, até que eu comecei a me tornar entorpecida ao sentimento de nervoso.

Fale para nós sobre conhecer o Drake…

Ele me seguiu no Instagram e no Twitter no mesmo dia. Eu mandei uma DM para ele dizendo “Eu acho que você é incrível, eu vou tentar agir como se esse não fosse o dia mais legal da minha vida.” Ele não respondeu até algumas semanas depois. Eu estava cantando em um festival [Squamish Valley] e ele disse “Muito obrigado – você está aqui?” Nós acabamos nos conhecendo e ele foi muito legal. É sempre assustador, as pessoas dizem que você nunca deve conhecer seus ídolos, e é uma coisa estranha conhecer alguém que você viu numa tela, mas ele não parecia uma celebridade. Ele é muito pé no chão e meio pateta!

Nessa indústria, com quem você gostaria de trabalhar?

Como uma produtora eu adoraria trabalhar com o Pharrell e 40, Diplo, Skrillex. Como artista, obviamente Drake, Ed Sheeran, Frank Ocean. Esses seriam insanos. PartyNextDoor – ele escreveu Work da Rihanna. Ele é um grande compositor e eu acho que ele é ótimo, então eu espero que ele seja o próximo a surgir do Canadá.

Sua faixa Here chegou ao número um nos EUA e a Taylor Swift te convidou para o palco para performá-la. Como você pensou nessa música?

Três anos atrás eu ainda estava testando estar no estúdio e aprendendo a escrever com o Sebastian Kole, quem me ensinou muito sobre compor. Eu não sabia sobre o que escrever e ele disse “Ok, bem, o que você fez ontem?” Eu disse a ele que eu fui para uma festa e odiei. Eu comecei a descrever todos os pequenos sentimentos que eu tive e ele disse “Você vai escrever sobre isso!” Pareceu-me então que nós sempre falamos sobre amor mas ninguém realmente mexe com sentimentos específicos assim.

O que tinha de tão ruim nessa festa?

Eu sentia como se eu tivesse que estar lá mas eu não estava curtindo. Eu senti como se eu estivesse quase fora do meu corpo, meio que me perguntando “Alessia, o que você está fazendo aqui?” A coisa mais comum que as pessoas dizem é “Por que você não só saiu de lá ao invés de compor sobre isso?”, mas isso é como dizer “Adele nunca deveria ter largado seu namorado.” Se eu tivesse saído, eu não teria uma música. Você deve escrever sobre essas coisas!

Qual outra música sua nós devemos ouvir para realmente poder te conhecer?

Four Pink Walls e Seventeen. Esses são as duas músicas que são muito específicas para a minha vida, enquanto as outras podem falar sobre outras pessoas também. Nós fizemos-as generalizadas o suficiente para que elas pudessem se referir à todo mundo, mas Four Pink Walls e Seventeen contam minha história, meus pensamentos e sobre o que eu passei enquanto eu crescia. Tipo, ter 17 anos é um momento muito estranho da sua vida, mas também é a última vez que você não precisa assumir responsabilidade por todas as coisas acontecendo, e eu realmente não queria crescer. Eu associei ter 17 como ser capaz de fugir das coisas.

Com Four Pink Walls, minha vida foi anormalmente normal por muito tempo, eu fazia as mesmas coisas todo dia, e eu estava literalmente encarando minhas quatro paredes rosas e desejando poder sair delas. Tanto quanto eu queria muito sair delas, quando eu finalmente saí, eu percebi o quanto eu sinto falta delas. Eu sinto falta da normalidade. Esse turbilhão de vida é insana e eu nunca vivo o mesmo dia duas vezes. Por uma vez seria legal acordar no mesmo lugar duas vezes, eu acho, acordar dentro daquelas paredes de novo, só para ter o senso de infância que eu tinha.


O que está no seu rider** da turnê?

Ah meu Deus, eu não peço nada, mas eu recentemente adicionei amêndoas cobertas com chocolate ao meu rider. Eu não sei por quê. Eu sou obcecada por elas. Eu sinto como se eu devesse tirar vantagem do rider, mas eu não tenho nada legal para pedir. Eu ouvi dizer que Charlie Puth pede filhotinhos.

Tirando seu celular, chaves e bolsa, o que você sempre carrega?

Eu sempre tenho fones de ouvido na minha bolsa.

Seu crush supremo…

Costumava ser o Nick Jonas, mas daí eu o conheci então isso é estranho! Eu diria Jesse Rutherford do The Neighbourhood. Eu gosto das tatuagens dele.

Filme de ilha deserta…

Tem muitos extremos diferentes! ‘Um Sonho de Liberdade‘, ‘À Procura da Felicidade‘, ‘Missão Madrinha de Casamento‘ ou ‘Nacho Libre‘, todos são meus favoritos.

Quem tem o melhor guarda-roupa?

Rihanna arrasa com qualquer coisa. Ela é minha crush mulher todos os dias da semana.

Melhor coisa sobre o futuro…

Pessoas aceitando mais as coisas, desde o que as pessoas vestem até como eles vivem suas vidas. Nós estamos ficando mais cientes das nossas diferenças. Esperançosamente em breve um garoto usando um vestido não será grande coisa e uma garota transgênero será só uma coisa normal.


*Open Mic é um show ao vivo onde os membros da audiência podem performar no microfone.
**Rider é um conjunto de solicitações ou exigências que um artista define como critério para performar. Tipos de riders incluem hospitalidade e coisas técnicas.

As fotos do photoshoot para a ASOS Magazine já estão disponíveis em nossa galeria.

Clique aqui e confira a matéria original no site da ASOS Magazine.