NOTA: 4 de 5 estrelas. Leia a tradução do artigo abaixo.


Lembra quando Alessia Cara era a voz de hinos introvertidos? A cantora e compositora canadense cresceu, furou a bolha e entregou seu trabalho mais ambicioso até hoje. ‘Love & Hyperbole’ marca um renascimento criativo após o que Cara descreve como um período de neblina, surgindo com uma coleção que é mais orgânica e mais aventureira do que seu trabalho anterior. A instrumentação exuberante cria um abraço analógico quente que envolve suas letras caracteristicamente honestas como uma jaqueta de couro bem usada.

O lead single ‘(Isn’t It) Obvious’ mostra essa evolução perfeitamente, com o trabalho de guitarra convidado de John Mayer. É o tipo de música que soaria igualmente em casa numa playlist noturna entre Suki Waterhouse e Maggie Rogers.

Mas por mais que seja o seu som polido e maduro, ‘Love & Hyperbole’ nunca perde a refrescante honestidade que nos fez apaixonar pela Cara em primeiro lugar. O álbum explora a dualidade com o tipo de introspecção pensativa que se sente merecida, em vez de afetada.

Nem todos os experimentos saem perfeitos, mas quando saem, funcionam – ‘Dead Man‘ em particular tem uma certa arrogância. Há algo inegavelmente atraente em ver uma artista que fez seu nome evoluir para alguém que está empurrando com confiança os limites de seu som. ‘Love & Hyperbole’ pode não ser o álbum que conquista novos convertidos para a Igreja de Cara, mas é uma declaração ousada de uma artista que está mais interessada em crescimento criativo do que não se arriscar.