Ser tímida tem seus privilégios para Alessia Cara, que nos últimos três anos canalizou o sentimento de se sentir como uma outsider — seja em cenários sociais (como no single “Here”) ou em sua própria pele (“Scars To Your Beautiful”) — para sucesso nos charts e um Grammy.

Para a fanbase da cantora de 22 anos (conhecidos como Alessiens), ela é tanto um modelo exemplar como uma popstar, disponibilizando hinos de amor próprio cada vez mais poderosos em relação às batalhas na sua vida pessoal. No seu segundo álbum “The Pains Of Growing”, Cara reconhece a pressão dessa responsabilidade fazendo um álbum que fala principalmente sobre aprender a seguir seus próprios conselhos. “Há verdade em cada palavra que escrevo”, ela canta no carro-chefe “Growing Pains”. “Mas ainda, as dores do crescimento, dores do crescimento / Estão me mantendo acordada à noite”.

No seu primeiro álbum de estúdio “Know-It-All”, Cara frequentemente aborda seus assuntos (crushes da adolescência, rebeldia) com declarações amplamente alegres de autoconfiança; sua posição nesse próximo álbum é mais medido e introspectivo, suas preocupações líricas mais complicadas.

Há uma boa razão para isso; ao invés de ter muitas pessoas ajudando-a na criação do álbum, Cara decidiu escrever “The Pains Of Growing” sozinha. Em suficientes 15 faixas, ela se encontra superando um término sério (o lamento de recuperação “Not Today” e a penosa “I Don’t Want To” se destacam), e embora alguns enviesamentos repetidos, Cara varia suas performances vocais com frequência suficiente para suavizar sobre as partes mais fracas. Se há um smash hit de rádio abrigado nessa coleção, talvez seja “Easier Said”, um hino oscilante que serve como um bom final para o álbum, Cara reassegurando os ouvintes de coração partido que o tempo vai curá-los também. É uma mensagem sincera e animadora para completar um álbum que é mais atraente por sua direta sinceridade.

NOTA: 8/10


Confira a matéria original clicando aqui.

Leia também: THE NEW YORK TIMES: “Cara oferece sua estranheza sincera em um pop asseadamente construído, e até seus deslizes são cativantes”
Leia também: EXCLAIM!: “The Pains of Growing, embora artisticamente elaborado e diverso, é também acessível e familiar”